(DES) EDUCAÇÃO DOS PORTUGUESES

 
Há poucos dias li um artigo sobre o estado do ensino das crianças portuguesas que realçou as constantes alterações programáticas e as suas consequências para os seus visados - os alunos!
 
Os Governos deste país têm vindo a aumentar brutalmente os conteúdos programáticos logo no ensino básico, criando automaticamente uma pressão stressante e quase sufocante em alunos e professores para atingir os objetivos traçados.
 
Não sendo suficiente o seu aumento exponencial, as constantes alterações programáticas criam nas nossas crianças uma confusão de conceitos e saberes que em nada lhes proporciona uma base sustentável de aprendizagem e preparação para o futuro enquanto adultos.
 
A quantidade, por vezes absurda, de trabalhos de casa que levam pais e filhos a passar inúmeros serões em constante pressão para levar o trabalho feito no dia seguinte, consequência do sistema e não dos professores, retira a essência de uma infância onde não há muito tempo a aprendizagem dos valores morais e sociais básicos era a prioridade!
 
Diz-se que as crianças de hoje não sabem para que serve a escola, não lhes chegam a ensinar a aprender, mas antes são inundados de conhecimentos que não têm tempo de aprofundar ao ponto de os compreender realmente!

E O PIOR AINDA VEM A SEGUIR!

Nesse mesmo dia li uma outra notícia onde descobri que o Governo tenciona gastar 15,7 milhões de euros, já previstos em Orçamento de Estado, na criação de Cursos Superiores de Curta Duração.
Tudo isto porque Portugal já assumiu junto da UE como meta a atingir até 2020 que pelo menos 40% dos portugueses entre os 30 e os 35 anos deverão estar habilitados com ensino superior ou equivalente, considerando que a média europeia é de 36% e Portugal se situa atualmente nos 27%.
 
Isto é uma barbárie!
 
Um ensino básico sem rei nem roque, passando por "novas oportunidades" de ter habilitações literárias por equivalência e agora um ensino superior de curta duração!
 
A pressão de atingir metas europeias a todo o custo está a criar uma sociedade de "doutores à pressão" que terá as suas consequências daqui a alguns anos! Certamente essa pressão está a nublar a visão do "português comum" que todos gostaríamos de ver crescer nas nossas crianças.
 
Não esqueçamos que é hoje que preparamos o futuro, com a experiência adquirida do passado. Mas não me parece que quem decide tenha isso em atenção...
 

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