Assumir riscos

Assumir riscos está relacionado com um factor a que os psicólogos chamam de "tolerância à ambiguidade", que, no fundo, é a capacidade de funcionar quando as coisas não são necessariamente claras e simples. 

Relacionada à tolerância à ambiguidade está a "tolerância à complexidade". Esta não é mais do que compreender e aceitar que tudo no mundo é complexo, começando desde logo por nós, seres humanos. A complexidade, de um ponto de vista muito sintético, assenta na interdependência de todos os factores que constituem a vida de todos os seres vivos e até da própria matéria!

As pessoas que continuam a aprender e a crescer no decurso das suas vidas tendem a encarar a ambiguidade e a complexidade como desafios estimulantes às suas habilidades e capacidades de adaptação em vez de ameaças à estabilidade de seu ego. 

No entanto, pessoas que optam, consciente ou inconscientemente, por um processo de "endurecimento", tendem a reagir à ambiguidade e à complexidade com desconforto. Este processo, frequentemente enraizado no medo, tende a exibir um comportamento de intolerância, radicalismo, tendência à discórdia e “opinionite”. Poderá também envolver uma perda gradual do senso de humor - um processo mental intimamente ligado à criatividade, à inovação, à imaginação e à capacidade de ver o mundo através de várias "lentes". Estas pessoas esperam menos de si mesmos e menos de seus processos de pensamento. 

Para muitas pessoas com esta filosofia de vida, basta “ser suficientemente bom”.
Estas pessoas não conseguem compreender quem encara a vida como um desafio constante, que não lhes basta "ser suficientemente bom", que vivem em constante competição consigo mesmos e com o resto do mundo, que sentem o poder de mudar o mundo...

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