Já lá vão 32 ...

Hoje o dia começou diferente. 

Não acordei o meu filho mais velho, está de férias. Pareceu-me um início de dia vazio.

No entanto, a cabeça teimou em fazer um balanço da minha vida. Não sei se é da idade, se das circunstâncias, este tipo de pensamentos tem vindo a ocupar a minha mente com muita frequência.

Há um ano atrás, em circunstâncias bem diferentes, outro tipo de sentimentos e emoções me inundavam.

Hoje um misto de culpa, arrependimento e gratidão estão presentes!

A culpa por ter tomado uma decisão errada, cujo preço estou agora a pagar em conjunto com a minha família! Decidir inundado de um desespero desmedido em encontrar uma solução para um problema que não existia, quando o problema era interior,  tinha que trazer consequências...

Arrependimento por tê-la tomado. Se fosse hoje, por já possuir outras informações e aprendizagens, principalmente pelos erros cometidos, decerto que decidiria de forma diferente.

Gratidão por ter uma vida "impecável". Tenho uma família fenomenal, com saúde, feliz apesar das dificuldades, que preenche esta casa de amor e cumplicidade. Com 32 anos tenho uma esposa que é a "viga mestra" da habitação da minha vida e dois filhos que são o sangue do meu sangue, que são a força que faz bater o meu coração. Sou saudável, tenho uma profissão que gosto e à qual me dedico com muita profundidade, motivação e entusiasmo, tenho tempo e possibilidades de fazer o que gosto e aprecio.

Manter o equilíbrio entre a família e a profissão tem sido uma das tarefas mais difíceis nos últimos tempos. Numa balança em que apenas uma grama em qualquer um dos "pratos" faz a diferença, manter o "peso" adequado à exigência da família (renovada e cada vez mais exigente) e o "peso" necessário à exigência profissional, é uma tarefa desgastante.

Mas todos estes pensamentos levaram-me a uma conclusão: o maior desafio é deixar a minha consciência tranquila! Esse é a pior das batalhas diárias em que luto! Essa é a minha maior adversária! :)