Segurança é sinónimo de Proximidade e Confiança
Numa sociedade em
constante mudança, onde os padrões culturais e sociais são bem distintos dos
que se viviam há bem poucos anos mas em que a grande maioria dos cidadãos viveu
essa mutação acelerada, é natural que as instituições públicas sejam também
forçadas a mudar para acompanhar esta realidade sob pena de não conseguirem
sobreviver.
A
Guarda Nacional Republicana é também uma dessas instituições, naturalmente
obrigada a adaptar-se à sociedade, procurando ajustar a sua atividade para as
novas necessidades dos cidadãos em matéria de segurança.
A
segurança dos cidadãos é um conceito complexo mas que poderá simplificar-se
pela compreensão de dois dos seus pilares estruturais: a segurança efetiva e o
sentimento de segurança.
A
complexidade advém do facto que a segurança efetiva que é aferida através de
estatísticas criminais, muito exploradas pela comunicação social em geral,
comentadas por “especialistas” em segurança e apresentadas de formas
convenientes, são preocupantemente influenciadoras do segundo pilar: o sentimento de segurança.
Esta
perceção própria de cada cidadão sobre a sua segurança e a dos que o rodeiam é
constantemente alterada por fatores externos que vão desde a vastidão de
notícias na comunicação social à simples conversa sobre uma ou outra situação.
Outros fatores estruturantes como o desaparecimento de referências éticas,
religiosas, humanistas e culturais, o aumento da delinquência juvenil e das
incivilidades, aliados a uma população cada vez mais preocupada com a
delinquência provocam uma generalização do sentimento de insegurança.
É
precisamente neste contexto que a Guarda Nacional Republicana se encontra
atualmente empenhada em transformar a visão generalizada de ser uma força
legalista, desligada do contexto social e com uma atuação rígida e reativa para
a visão de uma força humana, próxima e de
confiança.
Através
de um modelo de policiamento orientado para a resolução dos problemas, para as
reais necessidades e expectativas dos cidadãos em matéria de segurança,
privilegiando formas e modalidades de trabalho conjunto entre a Guarda a as
populações, pretende-se encontrar formas criativas e inovadoras de resolver os
problemas de insegurança.
Uma
maior visibilidade e presença junto das pessoas, mantendo com estas um diálogo
permanente e contínuo, propiciam à transformação de uma ação policial reativa
numa ação policial preventiva. Desta forma, a Guarda estará a contribuir para
uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e para a valorização do serviço
público.
O Destacamento
Territorial de Ponte de Sor tem vindo a adotar progressivamente um
patrulhamento orientado para estes objetivos, promovendo a participação ativa
dos cidadãos na sua própria segurança para com estes prevenir a delinquência e
a criminalidade.
Esta
nova dinâmica em que os militares estão mais próximos de quem precisa tem
levado ao aumento da confiança geral no serviço policial e, por sua vez, a uma
maior colaboração entre militar e cidadão. Ilustra muito positivamente esta
aposta na proximidade uma intervenção recente dos militares do Posto
Territorial em Ponte de Sor que recebendo informações da população puderam por
cobro a uma situação de burla que durava há longos meses e em que eram feitos
falsos peditórios alegando serem destinados a crianças com doenças oncológicas.
Poderiam
ser dados mais exemplos de situações muito positivas resultantes desta maior aproximação,
mas importa neste contexto realçar que a proximidade contribui diretamente para
um fortalecimento da confiança mútua. Já afirma a eficiência germânica que “a confiança é a mãe dos grandes atos”.
O
cidadão sente necessidade de depositar na Guarda, nos seus militares, a
esperança de que estes irão resolver os seus problemas e que desta forma lhe
será devolvida a sua tranquilidade, a sua segurança. A confiança nasce através
de uma ação que vá de encontro a essa esperança e que corresponda às
expectativas e anseios que o cidadão possui em se sentir seguro.
O
sentimento de segurança cresce irmãmente com a confiança entre Guarda e cidadão
e o principal fruto deste crescimento é a maior qualidade de vida das
populações em matéria de segurança.
É desta forma que a segurança se torna sinónimo de
proximidade e confiança e é promovendo esta dinâmica que a Guarda Nacional
Republicana é atualmente uma força humana, próxima e de confiança.
"Publicado no Jornal A Ponte, Ponte de Sor"
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